Baixa Pombalina, a Reconstrução de Lisboa
Sabemos que o bairro mais antigo de Lisboa é Alfama, mas o coração da cidade é indiscutivelmente a Baixa Pombalina. Esta e a sua envolvente são o local de eleição dos visitantes, centro comercial a céu aberto dos alfacinhas e ponto de encontro de todos.
Mas estas ruas rigorosamente desenhadas a régua e esquadro são o resultado de uma enorme catástrofe. Não fosse a devastação causada pelo violento terramoto de 1755, seguramente este local seria bem distinto.
Dizer Lisboa antes e depois do terramoto é o mesmo que dizer Lisboa antes e depois de Pombal. O terramoto trouxe consigo de forma violenta e implacável a destruição da cidade. Em seguida Pombal com o mesmo carácter deu lugar à sua reconstrução.
É sobre a reconstrução da cidade que hoje lhe falamos.
O Terreiro do Paço
Este foi o centro de poder a partir de 1511, ano em que o rei D. Manuel I transferiu o Paço Real do Castelo de São Jorge para a zona ribeirinha. Desde então, a grande praça passou-se a chamar Terreiro do Paço e o palácio, Paço da Ribeira.
Tendo começado a ser construído em 1498 em pleno centro da actividade económica em forte ascensão, este palácio contribuiu para o processo de centralização do poder. Na Ribeira o rei podia controlar a actividade marítima e comercial de forma efectiva.
Durante o reinado de Filipe I o Paço foi renovado, tomando uma imponência clássica maneirista. Ganhou pisos, grandiosidade e o famoso torreão do arquitecto bolonhês Filipe Terzi (1520-1597).
Este foi o centro de poder a partir de 1511, ano em que o rei D. Manuel I transferiu o Paço Real do Castelo de São Jorge para a zona ribeirinha. Desde então, a grande praça passou-se a chamar Terreiro do Paço e o palácio, Paço da Ribeira.
Tendo começado a ser construído em 1498 em pleno centro da actividade económica em forte ascensão, este palácio contribuiu para o processo de centralização do poder. Na Ribeira o rei podia controlar a actividade marítima e comercial de forma efectiva.
Durante o reinado de Filipe I o Paço foi renovado, tomando uma imponência clássica maneirista. Ganhou pisos, grandiosidade e o famoso torreão do arquitecto bolonhês Filipe Terzi (1520-1597).
O Rossio
O Rossio correspondia a um grande terreno onde outrora confluíam as ribeiras de Valverde e de Arroios, que daí corriam para o rio. Com o tempo as ribeiras acabaram por ser aterradas correndo agora no subsolo.
Era esta a sala de visitas da cidade antes do terramoto. Ali se situavam três notáveis edifícios: o Convento e Igreja de São Domingos, do séc. XIII; o Hospital Real de Todos os Santos construído entre 1492 e 1504; e o Palácio dos Estaus, um paço do séc. XV destinado a albergar as visitas de estado e ilustres estrangeiros, que em 1584 se viu transformado em Tribunal da Inquisição.
Com o terramoto, o Rossio viu cair por terra o convento e a igreja da qual só restou a sacristia e o altar-mor. A igreja foi reaberta apenas em 1834 após reconstrução dirigida pelo arquitecto Carlos Mardel.
O hospital que, pouco tempo antes, tinha recebido obras de renovação provocadas por um terrível incêndio, ruiu quase na totalidade, ficando apenas uma pequena ala em funcionamento por desesperada necessidade. O seu serviço passou depois para o Colégio de Santo Antão, casa de jesuítas, dando origem ao actual hospital de São José na Colina de Santana.
O Palácio dos Estaus também não sobreviveu. Em 1773 foi erguido um novo palácio, ainda para a Inquisição que viria a ser extinta em 1820, igualmente plano de Carlos Mardel. Em 1836 o então Palácio do Tesouro sofre um terrível incêndio, vindo a ser totalmente demolido para dar lugar a um novo projecto, o Teatro Nacional D. Maria II.
Com a demolição do hospital e o novo alinhamento da opção urbanística adoptada, a Baixa Pombalina legou-nos um Rossio com uma forma rectangular mais regular e uma nova praça contígua, a Praça da Figueira.
Entre o Rossio e a Praça do Comércio
Com o terramoto, o Rossio viu cair por terra o convento e a igreja da qual só restou a sacristia e o altar-mor. A igreja foi reaberta apenas em 1834 após reconstrução dirigida pelo arquitecto Carlos Mardel.
O hospital que, pouco tempo antes, tinha recebido obras de renovação provocadas por um terrível incêndio, ruiu quase na totalidade, ficando apenas uma pequena ala em funcionamento por desesperada necessidade. O seu serviço passou depois para o Colégio de Santo Antão, casa de jesuítas, dando origem ao actual hospital de São José na Colina de Santana.
O palácio dos Estaus também não sobreviveu. Em 1773 foi erguido um novo palácio, ainda para a Inquisição que viria a ser extinta em 1820, igualmente plano de Carlos Mardel. Em 1836 o então Palácio do Tesouro sofre um terrível incêndio, vindo a ser totalmente demolido para dar lugar a um novo projecto, o Teatro Nacional D. Maria II.
Com a demolição do hospital e o novo alinhamento da opção urbanística adoptada, a Baixa Pombalina legou-nos um Rossio com uma forma rectangular mais regular e uma nova praça contígua, a Praça da Figueira.
Apesar das alterações inerentes à passagem do tempo, a Baixa Pombalina mantém o seu carácter original, e a sua peculiar monumentalidade.